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domingo, 2 de maio de 2010

Eu não apóio.

Desde o ano passado, rola uma parada no meu querido chiqueiro chamado Brasil, que nós, meros mortais, chamamos de Lei Seca. Uma lei que no início causou bastante polêmica acerca do uso dos ''saudáveis'' bafômetros e que a galera que curte uma caninha de leve ficou meio bolada. Mas se você, caro leitor, ao começar ler esse esse texto associou o título do mesmo ao meu posicionamento diante de um contexto onde tal lei é vigente, lhe digo que não tem nada a ver. Eu na verdade nem sei qual é o meu posicionamento diante disso. Acho que no momento sou contra porque outro dia fiquei parado num engarrafamento causado por uma blitz dessas. E também pelo fato de ser uma lei que resulta da falta de educação do povo, o que de fato é triste (Mas que não deixa de ser importante e necessária). Minha abordagem não será sobre a lei em si, e sim sobre a galera que se sentiu incomodada por ela e começou a ironiza-la.

Dos últimos meses pra cá, o governo lançou uma propaganda ferrenha da Operação Lei Seca, Em trens, ônibus, táxis, Metrô, falando pra população largar seus carrinhos alegres, festivos e bêbados pra andarem nesses meios de transporte(como se eles fossem ótimos, mas ai é outro papo). E como eu disse, a galerinha que ficou meio puta com isso começou a parodiar esses anúncios. Foram cartazes, adesivos e camisas de vários tipos, com dizeres do tipo: "Operação Lei seca: eu odeio'', ou ''Operação fora Cabral: eu apóio'', enfim, uma série de piadistas contratados pela equipe do Zorra Total que tiveram o papel de esculhambar, de forma engraçada e inovadora. O problema(que ocorre bastante no programa televisivo anteriormente citado) é quando a piada começa a ficar repetitiva e banalizada, e a galera não saca a hora de parar. Depois dos exemplos de paródias citadas apareceram coisas do tipo ''Operação Asfalto Liso: eu apóio'', ou ''Operação Pentada Violenta: Eu apóio''(essa foi o ápice). Se não derem um basta na falta de noção dos comediantes daqui pouco pinta uma ''Operação meu pau no seu cu: Eu apóio''. Isso me lembra crianças, que quando falam algo ençraçado e alguém ri continua tentando fazer as pessoas rirem falando a mesma coisa. Meu pai gosta muito de fazer isso também, mas ele é um ser humano a ser estudado a parte.

O exemplo de piadistas forçados não se limita aos odiadores da lei seca, é óbvio. Esses foram apenas os que me fizeram atentar para tal realidade. Outro exemplo mais recente, foi quando os caras do Hermes & Renato(que infelizmente se venderam pro dinheiro sacrossanto da rede Record, diga-se de passagem) fizeram o genial Tela Class(creio que todos saibam o que é o Tela Class, se você não sabe é porque ainda não viveu), uma serie de egraçaralhos de plantão já se prontificaram à seguir os passos dos humoristas de verdade, fazendo a mesma coisa com filmes igualmente toscos. Alguns até ficaram bons, como ''Miguel, o comedor de cu''. Mas tem gente que acha que o simples fato de se adicionar palavrões a uma dublagem vai fazer um monte de gente rir. É o caso do ''Tráfico na vila''(Não sei nem se esse vídeo é anterior ou posterior ao Tela Class, mas o que importa é que é uma merda), onde meia dúzia de desocupados modificaram a dublagem de um dos maiores clássicos da televisão chamado Chaves e simplesmente assassinaram o humor sutil e inocente do seriado!
Ainda tem muito mais a se abordar a respeito dos aspirantes a piadistas, mas que por efeito de tempo, preguiça e sono, não mencionarei.

Espero que vocês, assim como eu, tentem deixar claro pra esses malditos que a arte da piada é pra poucos. Por isso, eu não os apóio(entendeu agora o título do texto né?)

Só por questão de créditos, Gostaria de agradecer a Gabriela Iba, Letícia Mose e Rodrigo Monteiro por me fazerem lembrar que a lei seca é uma Lei federal, e não estadual, como eu pensava.

Beijos na retina de todos.

2 comentários:

  1. Operação meu pau no seu cu, ri demais AUSHAUSHAUSHAUSHUAHS.Adorei Math <3 E meu nome ali,ai to ficando famosa - n

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  2. Sofro muito com isso. Alguns amigos meus e alguns dos seus familiares, que se tornaram meus, através dos sagrados laços do matrimônio que me uniu a sua prima, tentam me tornar esse piadista sem graça. Como já te falei, já até surgiu a idéia de me tornar o Elymar Santos da comédia, querendo que eu alugasse o Canecão para fazer um show. O problema, é que além de me entitularem um comediante nato, acham que eu tenho que contar as mesmas estórias. Claro que alguns "causos" são passagens da minha vida, e terei sempre que contá-los. Tento sempre me lembrar se o grupo que ouvirá esta ou aquela estória é inédito, ou se já é um "vale a pena ver de novo". É muito chato quando chego em algum lugar que não vou algum tempo, e o anfitrião diz: Chegou o Carlão...vai Carlão conta, conta... a estória do enterro da sua vó. A piada nunca deve ser repetitiva...ela pode até ser velha, basta saber contá-la no momento certo. O fato é que ficar repetindo causo, contando piada antiga da mesma forma como no Zorra Total, é chato pra quem conta e/ou pra quem ouve...como você citou seu pai...não aguento mais aquela "mâo" que ele faz em toda a festa da familia quando ele chega...as crianças adoram...o Pedro já não acha tanta graça...mas eu não posso culpá-lo totalmente...quando ele pensa que se livrará de tal brincadeira azucrinante com as crianças (devido a maturidade delas) alguns membros da família insistem em procriar (inclusive eu), renovando o público para a tão famigerada "mão do Tio Carlinhos"...espero que a Marina odeie tal intervenção cênica LEIBÔNICA...mas pelo andar da carruagem, ela vai ficar amarradona...concluindo: não sei o que será pior: O Carlinhos com seus 79 anos querendo fazer a "mão" mas sem a mesma vitalidade, a pedidos nossos e ele pensando: O Matheus e o Carlão são chatos pra cacete...fica insistindo pra eu fazer essa porra de "mão" com o filho do Pedro...toda festa é isso...basta eu chegar e eles ficam falando...faz, faz a "mão" Carlinhos...ou se eu terei que contar a estória do enterro da minha vó...forte abraço

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