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domingo, 6 de junho de 2010

Cultura de ódio x Respeito/Gostar hipócrita

[Bem, essa é a segunda vez que eu vou escrever esse texto. Dá primeira vez tava ficando até legalzinho, mas daí apagou tudo do nada. Então agora eu estou com raiva por causa disso, logo, o texto pode ser prejudicado. Mas vamos ao que interessa!]

Em tempos de Internet e revolução tecnológica(se é que esse termo pode ser apropriado), muitas pessoas tem acesso a diversos veículos de comunicação e informação, e podem também dar os seus respectivos pareceres em relação aos diversos acontecimentos do mundo livremente(sejam esses acontecimentos relevantes ou não para as nossas vidinhas medíocres). Por exemplo, neste blog, eu comento(com total parcialidade, diferentemente do que tentam fazer os jornalistas investigativos) sobre coisas que são completamente banais, tipo a desvalorização das pessoas que trabalham com máquinas de fotocópias, ou coisas que podem até ter lá a sua importância(?). Em outras ferramentas desse tipo, como o twitter, várias pessoas fazem isso, mas em 140 caracteres. Há também, como exemplo mais recente, os vídeo-blogs, onde o cara faz mais ou menos a mesma coisa que eu faço aqui, só que usando a sua voz, e com uma câmera gravando. Caras como Ronald Rios e Felipe Neto já são quase celebridades na web. O sucesso do primeiro foi tamanho, que até conseguiu arrumar o seu espacinho dentro da MTV. Enfim, fato é que cada vez mais, mais pessoas tem se expressado através da rede mundial de comunicação. E minha abordagem será sobre a forma como as pessoas tem se expressado ultimamente, obviamente ignorando os erros gramaticais que são sempre cometidos, pois isso não caberia nem em um livro, muito menos em um texto.

Não é incomum ver em algum desses meios de comunicação citados no parágrafo anterior, pessoas dizendo que odeiam diversas coisas. E a lista de coisas odiadas pode variar bizonhamente, desde ''Eu odeio quem caga de cócoras'', ''Eu odeio quem odeia gatos'', ''Detesto quem senta do meu lado do ônibus'', ''Não suporto gente que dá o rabo''(Tipo de ódio sem noção) até ''Odeio Axé'', "Odeio pagodeiros'', ''Odeio Matemática'', ''Odeio professoras mal comidas'', etc. (Tipo de ódio exacerbado, mas mesmo assim compreensível e justificável). Ou seja, parece que se criou uma cultura de ódio, onde odiar até a mais pequena das coisas virou uma lei. Em outras palavras, parece até que o ódio se banalizou e virou moda.

Do outro lado da moeda, há pessoas que são contrárias a isso, porém igualmente radicais em seus discursos, e que acham que qualquer tipo de ódio é puro preconceito e uma enorme falta de cordialidade. Mas ora, quem é que não está carregado de preconceitos? E quem disse que temos que ser bonzinhos com tudo e com todos? Um belo exemplo disso, foi quando o meu querido primo Isaac Carvalho falou que eu fui preconceituoso quando disse que CPM 22 era uma merda e que qualquer cover que tocassem deles ficaria melhor do que a música original. Então segundo esse preceito eu deveria me calar diante a péssima qualidade sonora dos caras e mostrar um falso respeito, que ao meu ver, eles não merecem?

O ódio carrega há séculos uma conotação perversa(principalmente a partir de certos preceitos ideológicos da religião), que certas pessoas tentam incriminá-lo a abominá-lo radicalmente, enquanto na verdade ele existe invariavelmente e faz parte de nossas vidas. Não podemos nega-lo. Mas também não podemos fazer dele a base de tudo, é óbvio!

2 comentários:

  1. "Mas ora, quem é que não está carregado de preconceitos?"
    Todos temos algum tipo de preconceito. Até aqueles que dizem respeitar tudo e odiar os preconceituosos. Afinal, o fato de odiar os preconceituosos nao é um preconceito contra preconceituosos?

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  2. O conceito prévio não me incomoda. O problema é quando não temos condição de refazer estas opiniões e julgamentos. A maturidade nos leva à rever nossos conceitos e reavaliar nossos preconceitos. Aliás os preconceitos são mutáveis e variáveis...quando eu era pequeno odiava várias coisas de comer que hoje eu adoro. Algumas coisas que eu fazia quando adolescente, que hoje acho pura babaquice...Não sei se sou preconceituoso ou apenas impaciente...na verdade o que me preocupa, é a intolerância...o ódio não me incomoda tanto...enquanto você estiver odiando, este é um sentimento seu...quando você não tolera a presença de alguém, não tolera a opinião do outro, não tolera a religião do próximo, não tolera a escolha política do seu semelhante, você deve procurar um planeta desses de filmes de ficção onde todos os habitantes são iguais, como clones. Sem esses discursos de VIVA a DIFERENÇA, mas que elas existem e estão aí, não se pode negar. Até porque esse negócio de que os opostos se atraem, funciona na física...na área de humanas isso não dá certo. Até porque o ser humano sempre buscou interagir com seus semelhantes que tenham o mesmo interesse. Até nas redes sociais modernas, como no caso das da internet, percebemos que os membros de comunidades se agrupam, sejam essas comunidades pra amar ou odiar algo. Gostar ou Detestar são posições que podem ser trocadas e isso é relevante. Vou ficar preocupado, como falei antes, é quando as comunidades que se intitulam "NÂO TOLERO...isso ou aquilo" crescerem muito. Em questões políticas,religiosas e esportivas, vejo com grande receio é o crescimento da fundamentalização da ideologia, da fé e da paixão respectivamente. Então prefira AMAR ou ODIAR jiló, mas cuidado para que você não passe a ter INTOLERÂNCIA à esta iguaria.

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