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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Manifesto contra o Pop.

Quem me conhece sabe bem que eu nunca fui muito fã de música pop. Na verdade, tenho um nojinho desgracento desse estilo musical. Seja pelos refrões chicletes, ou pelas letras estilo ''Bicicleta Ergométrica'' (que não te levam a nada e a lugar algum), artistas que fazem muito sucesso com essas batidinhas eletrônicas grudentas nunca desceram pela minha garganta. Até ai tudo bem, todo mundo tem um gosto musical com o qual não se identifica, comigo é a mesma coisa. Mas tem certas coisas que andam dizendo ultimamente nos meios de comunicação que me inquietam.

Tirando raríssimas exceções como Madonna e Michael Jackson (embora o segundo, antes de morrer, estivesse em um quase completo ostracismo), o cenário pop, em termos de sucesso, foi feito quase que exclusivamente por músicas-relâmpago, que dentro de alguns meses já se tornam obsoletas e que logo são substituídas por outras. Tudo como se fosse uma natureza do Mainstream, um processo semi automático, no qual a maioria das pessoas nem se pergunta muito os motivos disso tudo. Elas simplesmente trocam as musicas como se fossem produtos quaisquer, na velocidade que o mercado demanda. Até ai nenhuma novidade. O que me parece diferente, especialmente nos últimos dois anos é a forma como esses sucessos repentinos são encarados. Porque até então todos eles soaram como ''músicas legais que vão tocar no rádio por um tempo e depois serão chamadas de velhas''. O processo, em si, não mudou. Mas agora estas canções não são vistas mais como músicas legais, simplesmente. Me parece que todo mundo acha tudo MUITO FODA e revolucionário e que vai ficar marcado pra todo o sempre. O que não é verdade.

Os dois ícones, que ao meu ver tiveram mais destaque nos últimos anos(como revelações) foram Amy Winehouse(embora no fundo a música dela tenha uma mistura de vários ritmos, mas que no todo acabou sendo chamado de pop) e a maldita da Lady Gaga. Ambas foram consideradas grandes modificadoras do cenário pop, que chegariam pra mudar a cena de vez, que iam mudar a história da música, que são ícones da expressão através da música, que iam fazer o caralho a quatro, etc e tal. A primeira, depois de tentarem fazê-la ir pra Rehab diversas vezes, parece que perdeu um pouco de espaço, e suas músicas estão sendo menos lembradas ultimamente. Já a segunda vive o auge, a ponto de acharem qualquer coisa que ela faça, o gesto mais foda do mundo. Se no próximo clipe que ela lançar, for uma única cena da mesma enfiando um vibrador no rabo e gemendo loucamente, todo mundo vai aplaudir de pé. Enquanto a música que rola é algo no qual eu ainda não achei adjetivos pra descrever. Vejam com seus próprios olhos:

''Just dance, it's gonna be okay da da doo-doom
Just dance, spin that record babe da da doo-doom
Just dance, it's gonna be okay
Da da da
Dance, dance, dance
Just, just, just, just dance''

Em bom português:

''Apenas dance, vai ficar tudo bem da da doo-doom
Apenas dance, gire esse disco querido da da doo-doom
Apenas dance, vai ficar tudo bem
Da da da
Dance, dance, dance
Apenas, apenas, apenas, apenas dance''

Agora eu te pergunto: O que é que tem de diferente nessa caralha de música? Se alguém puder me explicar, por favor, faça-o!

Espero que esse seja mais um fanatismo passageiro, pois caso eu esteja errado, é sinal de que vivemos tempos sombrios!

ps: se você gosta de música pop e não gostou da postagem, um grande e sincero ''Vai tomar no cu'' pra você!

3 comentários:

  1. Gostei do texto.
    Mas acho q Lady Gaga faz música pra dançar em boite. Só.
    E como adoro ir pra noite, embora não faça isso há tempos, gosto.
    Mas o fato de ela durar ou não, só o tempo pode dizer.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Quem não entende nada de História, muito menos de cultura pop, vê na Lady Gaga tudo o que outros já fizeram mais e melhor anteriormente, vide a década de 80, por exemplo. Texto muito bom! Contra a apelação limitada, somente sexual do pop atual, apoiado!

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