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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Diário de uma perua viúva em crise.


[Não sei porque vou escrever isso, mas beleza.]

''Olá, meu nome é Valdete, tenho 27 anos. Sou viúva há 2 anos. Meu marido Almir morreu aos 72 por causas desconhecidas. Era um bom homem, era visionário, um empreendedor, dono de duas empresas que lhe davam muito dinheiro há tempos, tinha belos olhos azuis, e quando o conheci, ainda tinha alguns cabelos loiros. Sem contar no seu Celta prata que o deixava ainda mais bonito. Eu o amava bastante, sempre íamos ao shopping e ele comprava-me jóias, bolsas da Victor Hugo e vestidos caríssimos. Formávamos um belo casal, nunca ligamos pra essa coisa de idade. Porém, às vezes, para uma mulher, dinheiro e jóias não são tudo o que ela precisa. Precisa-se de algo mais, se é que vocês me entendem. E o pobre Almir não tinha a disposição que uma mulher jovem, como eu, necessita. Comecei a me envolver com o Ricardo, de 30 anos, também muito rico, não tanto quanto o meu Almir, mas com muito mais energia do que o velho coitado. Lembro até hoje das incríveis horas que passávamos no Crossfox do garanhão. Porém, meu querido marido começou a desconfiar dessa minha relação. Logo, as minhas tão amadas jóias, perfumes, roupas de grife famosas e etc. foram ficando cada vez mais escassas. E pra piorar o meu inferno astral(não consigo consumir menos de 700 dólares por dia), Ricardo foi ficando cada vez mais distante devido a essa situação conturbada. Chegou o dia em que ele me largou, e disse que só voltaria para o meu amor se essa situação se resolvesse. Passaram-se uns meses, até que Almir falecera. Após o falecimento de meu amado velhinho, tentei me aproximar de Ricardo novamente, para reatar a nossa linda história de amor. Daí, descobri que ele havia iniciado um relacionamento com uma biscatezinha qualquer de 19 anos, muito mais inteira do que eu e que ele havia me esquecido completamente. Me arrependo até hoje de ter colocado veneno no vinho do filho da puta do Almir. O desgraçado morreu, e eu graças a minha inabilidade de lidar com as empresas do meu velho, estou sozinha e afundada em dívidas com meu cartão de crédito(ainda nao consigo parar de gastar), e os nossos bens estão prestes a naufragarem. Oh, mundo cruel!"

Moral da história: Não se apegue somente a coisas materiais, você se torna altamente descartável. E um pé no saco também.

3 comentários:

  1. Gostei muito do que você escreveu Sal.
    Infelizmente, o que ainda encontramos são pessoas ligadas à coisas sem sentimentos e sem vida. Quando a sociedade prestar mais atenção à parte interior, estaremos realmente valorizando uns aos outros.
    Enfim, esperança é a última que morre...

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  2. Luiza ela pode até ser a última, mas ela morre. Não seja tão crente nos seres humanos, nós somos podres babacas e entediados...

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  3. UM CELTA? UM CELTA? Ah, faça-me o favor!






    tentativa de comentário espertinho-irônico, beijos.

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